Faz tempo que eu penso em voltar a escrever um blog, por que nunca começo? São vários motivos:
as vezes me parece exibicionista demais
depois penso que não devia colaborar com essa indústria de web 2.0, com um monte de empresas ganhando as custas do nosso conteúdo (claro, isso eu também aprendi com o Luis)
ah! Também tem aquele problema das pessoas que lêem o blog acharem que você está mandando recados via post, sabe? Você escreve que esta triste e tem certeza que fulano/a vai pensar que você está escrevendo aquilo por causa dele/a...(Sim, porque o egocentrismo chega nesse nível, fácil)
também tem aquelas pessoas que não te conhecem e vão dar uma lidinha de 2 segundos no seu blog pra “saber quem vc é” pffff
Mas o motivo real de nunca ter começado a escrever não é nenhum destes apontados acima. A verdade é que, até hoje, eu nunca quis abrir mão do charmoso e infalível silêncio!
Não comentar sobre aquela exposição, não falar sobre um filme, não dizer que livro está lendo (e nem se está mesmo lendo), não dizer sua banda favorita, não comentar as notícias...Isso só aumenta aquele ar blasé e uma aura inteligência...Eu não digo nada mas os outros pensam que eu estou pensando algo muito, mas muito esperto, enquanto eu penso que o outro é que está pensando.
Isso acontece muito, pelo menos comigo, é que eu tenho um habito muito comum que é do supervalorizar o mundo! Sim, eu sempre acho que tem algo sensacional escondido por aí, sempre acho que as pessoas estão enxergando um pouco além, e que, portanto, elas estão pensando em algo sensacional. Acontece que isso nem sempre é verdade! E no início eu fiquei bem desapontava quando fui descobrindo isso, mas depois pensei também que não é uma atitude nada contemporânea ficar alimentando essa idéia de genialidade. Muito pelo contrário! A banalidade é o novo sublime!
E para provar, pra mim mesma, que ser banal não é um crime resolvi começar um blog, que venham os clichês, os momentos mulherzinha, a falta de graça.
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